A porta se abriu. Olhando para trás, sabia que não voltaria mais... As lágrimas desapareceram no ar e o pranto se desfez em saudade... Restaram as palavras; sim, porque elas não têm boca e os vermes não podem comê-las! A porta se fechou e o ar morreu de escuridão! Vestido de madeira, parti em uma nuvem estelar...
Os talheres assassinos adormecem sobre a mesa silenciosa. As bordas da toalha derramam-se como água congelada e as bolhas dum champanhe lilás morrem no ar solitárias... Os convidados, onde estão? As cadeiras, todas imóveis, aguardam a solidão. Chapéus e guarda - chuvas não têm nomes e os casacos empoeirados são devorados pelo frio... O anfitrião, onde está? Velas, copos emborcados, madrugada e um mordomo. O jantar está servido! Olhos vazados, mãos sem veias e flores amarelas. Onde está o caixão?