3 de janeiro de 2012

MÁRTIR



Na partida, teus pés sangraram...
Choravas sangue por entre os dedos!
Um coração de gesso,
uma santa morta!


Teu silêncio condenou-me ao calvário;
fui pássaro sem asas no céu,
lua que mingou demais na noite da solidão...
Por que lavaste as tuas mãos?


Na despedida cega,
senti em meu peito uma lança imperial!
Suei vinagre na boca
como um Jesus crucificado!

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