18 de janeiro de 2012

PAISAGEM



A alma amarrotada
e o corpo pendurado no varal...
Nem uma gota de sangue,
apenas a sombra duma vida passada!


As mãos esbugalhadas
e os olhos definhados pelo adeus:
tua sorte, minha sina!
Corda bamba que precipitou nos ares acrobatas desgraçados!


A pena desfiada, a carta mal escrita e a tinta rubra;
saudade que enterrou a esperança,
primavera que floriu meu leito!


O copo embriagado, o silêncio da prece e a lâmina órfã;
um ventríloquo adormecido, sou 
poema anoitecido que jamais amanheceu!

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