No tempo dos anzóis,
via meu sangue entre arpões cegos e inocentes!
Estava sobre a mesa diante de meu pai
que me jantava sobejamente...
No tempo das máres altas,
via nas águas a lágrima que nunca tive!
Peixes não choram,
morrem silenciosos...
No tempo dos corais,
vi nas estrelas do mar a face de Deus:
cartilagem alada que me deu ossos,
sonho de homem sepultado no fundo do mar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário