Enterrei no meu corpo a alma:
esfinge de asas cortadas,
mordaça que silenciou o enigma!
Quem inchou os meus pés?
Contemplei no espelho a sombra:
um sonho desfeito em algodão,
fios da vida rompidos no tempo!
Quem sangrou meus desejos na fraga?
Eclipsei minha desgraça marinha:
cometa que feriu a Terra,
glaciações que fossilizaram o pecado!
Quem cegou os meus olhos?
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