Por que me abandonaste? Por que me abandonaste?
Deixaste meu corpo na lápide sem pai e sem mãe...
Quem me protegerá do frio?
Quem me livrará dos meus verdugos?
Saíste silenciosa e desnuda pela porta da frente!
Nas minhas vestes, o alabastro derramado;
no meu coração, a súplica amordaçada...
Por quê? Por quê?
Na noite da traição, clamei por um beijo;
de ti, as tuas costas foram o teu adeus covarde...
Perdi no horizonte ébrio a minha imagem fugidia,
e desceu-me sobre mim um vento boreal...
Cílios cerrados, cálices quebrados!
Levaste contigo a luz dos meus olhos;
partiste, para sempre, minh'alma siamesa,
sopro maldito que jamais conheci...
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