A alma cariou...
Perdeu o carinho dos homens
e apodreceu em sombras famintas;
nunca tive corpo,
e tampouco os pés!
Senti nos olhos sem luz
a dor de um deus sem ossos:
todos frágeis, feitos de papel...
Minhas mãos, quem as arrancou de mim?
Em sonhos de fumaça,
o calor dos umbrais congelou meus poros!
Subi incenso,
desci poeira...
Quem me livrará no dia do Senhor?
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