7 de agosto de 2011

VIAGEM



Sempre me viram como Sol,
mas, no fundo, sempre fui Lua...


No dourado da estrela solitária,
o desespero de um homem
clamando por socorro!


No âmbar da cortina sem janela,
a voz de um menino
pranteando nas esquinas!


[Ninguém me ouviu...]


É hora de partir:
deixar a bola de fogo
arder e morrer no poente,
e afogar na noite escura
o camafeu que perdeu a luz...

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