Na contraluz, o meu semblante distorcido...
Pedaço de carne sob a poeira de um monólogo surdo!
Na plateia, um corpo vestido de horizonte
e um silêncio marítimo amordaçando lágrimas...
No camarim, uma estrela apagada;
na porta sem nome, abandonada pelo neon!
Minha sombra errante me faceou no espelho.
Quem contracenará comigo?
Ingressos vencidos, palcos encerados;
cessam os aplausos e adormecem as orquestras.
No cinzeiro, o resto do espetáculo:
minh'alma em cinzas sonhando amanhãs...
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