silencia minha voz na lágrima ancestral:
minh'alma de vidro estilhaçada sob o fogo!
No corpo embaçado,
a imagem salgada de uma criança natimorta...
São meus sonhos naufragados em urinóis de prata!
Nos ossos defumados,
a lembrança envelhecida de um galeão sem leme;
embarcação de papel perdida em alto - mar!
A água apodrecida
congela nas garras do Leviatã
o sorriso de uma raia vestida de sangue!
Da água viva só sobrou a ardência do teu toque;
na água morta pereceram todos os homens nascidos
à meia noite...