Me vestiram.
Veste pesada
que curvou meu dorso!
Roupa envernizada
que cegou a minha própria sombra...
O vermelho carmesim
brotou do meu corpo
e maculou o tecido real
que me deram...
No lugar dos botões, os cravos;
no lugar da linha, os espinhos;
no lugar do arremate, os furos!
Me vestiram;
fardo de pecados
que jamais cometi!
No paramento da dor
conheci a morte
que jamais desejei...
Vestiram-me!
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