que, imperioso, me faz desbravar oceanos gigantescos
e ferir terras virgens!
Nos meus olhos,
a luz traidora em tempos imemoriais...
Nas minhas mãos,
restos da poeira estelar
que me formou em arrabaldes d'outrora!
Sou poesia viva nos lábios de um poeta insano;
sou profecia cifrada na voz de arcanjos de fogo!
Qual mistério há de ser revelado?
Guardo em mim
o olhar plangente da Aurora
que, bela, aterroriza homens e lobos
em colossal simplicidade...
No meu coração,
o sangue plasmado do Altíssimo!
Nos meus dedos,
a letra escarlate do Amanhã!
Ah, como desejei ser o topázio e o carbúnculo dos primórdios!
Sou o princípio e o fim de mim mesmo;
sim, sou vírgula que desapareceu das orações,
verbo que padeceu nos pergaminhos!
Na noite ancestral,
tombei dos céus, uma estrela cadente!
Adeus...
Que barato. Lindo.
ResponderExcluirSimplesmente MA.RA.VI.LHO.SO... Encantei-me... Sem mais.
ResponderExcluir