Não foi o meu corpo que soterraste o teu!
Foram palavras cuspidas ao vento
que sepultaram a tua voz:
ave andina
que sobrevoou cumes sem sombras
na hora da morte...
Não foi o meu adeus que desossou tua língua;
mas a tua face caiada
que libertou dos pântanos
o fétido odor da traição!
Na pele assassina de um punhal,
fui samurai que beijou a lâmina:
última visão de um herói apaixonado...
Nenhum comentário:
Postar um comentário