Na sala de jantar, um quadro suspenso!
Sob o vidro, a alma entorpecida pelo tempo...
Horas que perderam o tear,
fios d'água que abandonaram calhetas...
No linho roto, as mãos ataviadas;
pássaros sem asas que desenharam um corpo dormente!
Os olhos, poços fundos e secos,
os flancos, terras áridas que um dia abrigaram a vida...
Na imagem petrificada, um santo sem fé,
um clamor sem pranto
e um sudário morto...
Uma vide não sangra jamais!
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