18 de outubro de 2011

LUA



Ciso,
que fez doer no poeta
a cor que empalideceu
as damas da noite...
Dormentes,
os girassóis amarelados
eram dentes mortos de um coração
errante...


Leite morto,
que no céu imortalizou
anjos em olhos platinados...
Vitral alado
que olha para um passado
agonizante...


Farol solitário,
que me seguiu em silêncio
nas madrugadas andróginas:
bala de prata
cravada no peito da besta fera
enluarada...

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