AUTO-RETRATO
Espelhos? Nunca tive!
Não sei quem sou e uma canção andrógina desalinha meus cabelos...
No porta retrato,
um vazio, uma imagem que se perdeu e uma porta para o passado...
Um sopro, quase de vida, me arremessa contras as pedras mudas!
Água salgada dum mar mais do que morto sobre mim;
o meu corpo afunda e minh’alma flutua...
Sou vela apagada no jantar à meia – luz;
face de santo maculada no lago de vidro:
Narciso me traiu!
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