Um corpo indigente e os braços pendurados pela saudade;
um adeus que derreteu a esperança em meus olhos de Tirésias...
O sol desaparecerá do caminho de Édipo!
Em que linhas escrevi o meu segredo?
Um flanco coberto pela dor
e a saliva maquiando minha face:
um batom, alguma gosma, um lenço escarrado de paixão!
Meu sonho de Ícaro se desfez em pleno mar...
A louça ou o pano de prato?
Sujeira no canto da boca,
fuligem de uma vida que se vai...
A chama ou o pavio?
Um castiçal vazio; e uma lamentação de eunucos!
A esfinge me devorou!
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