REVERSO
                        Para trás,
                        onde os pés, ao contrário, caminham...
                        Curupira, sou!
                        sempre passado, 
                        jamais futuro!
                        Ás avessas, sou,
                        quando a alma atravessa a rua
                        e o corpo foge para os becos
                        sem saída,
                        sem portas!
                        Sem presente,
                        sou vazio;
                        mais do que pretérito,
                       imperfeito, sou!
                        Para trás,
                        retornando a um tempo sem dor,
                        sem memórias e
                        sem palavras...
                        Um relógio que congelou o tempo;
                        Eu, distante, bem longe de mim...
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